Hoje voltei a correr de verdade. Amanhã meu corpo com certeza se lembrará sem tanta alegria esse esforço. Recomeçar dá trabalho, cansa e muitas vezes dói. Eu - e provavelmente todas as pessoas normais e reais - deixei de lado algumas de minhas obrigações ou necessidades nos últimos dois meses do ano. Pra que ir ao médico em novembro? Em janeiro terei mais tempo...
Se eu não começar a arrumar a casinha já no início do ano, não será no fim que vou fazê-lo. Parece uma frase de astrólogo aposentado da revista Nova, mas é verdade.
Outra coisa que não me sai da mente todo início de ano e que me apressa nos agendamentos de médicos e estéticos é a lembrança do próximo aniversário. Tá certo que muitos dos meus amigos me dizem que ainda sou "nova", uma santa ironia vindo dos que este ano comemoram seus 40 ou mais. Em maio completo 33 e sim, me sinto uma vovó quando estou perto da minha estagiária de 20 e poucos. Aí começa a nóia.
Beber menos, fazer ou não massagens estéticas e aqueles preenchimentos bizarros que a dermatologista sugeriu no ano anterior? Dentista, ginecologista especializado em reprodução humana (não pra engravidar, mas pra manter tudo em cima pra caso-um-dia-rolar-de-querer-vá-saber). Corri hoje como se não tivesse mais tempo ou para compensá-lo?
Costumo tentar retardar o fim de algumas coisas. Um livro que adoro e que leio em doses homeopáticas para que ele demore a chegar ao fim, alongar uma conversa sem assunto com os amigos, tomar um banho de mar como se não houvesse o sol do meio-dia na minha cabeça. Beber mais uma cerveja, mesmo que o relógio aponte 5 da manhã de uma terça-feira. Enfim, a finalidade é sempre a mesma: parar o tempo.
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