quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Beauty

Uma vez ouvi no salão de beleza uma moça contando que quando casou acordava de madrugada pra alisar o cabelo, fazer touca e o escambau, só para estar com os cabelos mega lisos e lindos antes do marido acordar. Depilação, escova progressiva, fazer as unhas, sobrancelha. Tudo isso dói e toma um tempo do cão na agenda feminina. Não sou a mulher mais vaidosa do mundo. Confesso ser até bem desleixada perto das amigas, mas também sucumbo à algumas práticas de tortura.

Resolvi pagar um pacote de 10 sessões de drenagem linfática. Segundo o Google a principal finalidade da drenagem linfática é "esvaziar os líquidos e resíduos metabólicos eestimular a circulação linfática através de massagem nas vias linfáticas e nos linfonodos". Explico: o objetivo real dessa massagem é tentar diminuir as malditas celulites e de quebra reduzir uns 2, 3 centímetros da barriga, coxas etc. Se funciona? Espero que sim. Por que paguei e isso dói, dói muito.

Cheguei na "clínica de estética" para a primeira sessão de tortura à noite depois do trabalho. Me mostraram as dependências do lugar -tudo muito branco e calmo- e explicaram alguns dos procedimentos estéticos que a casa dispõem. Depois me levaram para uma salinha à meia luz com música ambiente medonha. Quando ouvi a frase fique à vontade e a moça saiu, entendi que era pra tirar a roupa e deitar em uma cama-maca coberta por um lençol de papel descartável. Em cima dela um travesseiro e uma toalha limpa, embalada à vácuo, provando que tudo era limpo e tal. Deitei na cama, cobri o que dava com a toalha e esperei. Uma moça pequena e sorridente entrou, se apresentou e lá fomos nós.

Nunca imaginei que uma pessoa tão baixinha e com carinha de boazinha pudesse ter aquela força. A massagem vai dos pés à cabeça, mas nos pontos estratégicos - que vai das coxas até a barriga e cintura - a força é ainda mais concentrada e a dor... A músico de fundo, que por sinal estava mais alta do que eu gostaria, não ajudou em nada. "O vento levou", "Dancing Queen" e "Volare" foram só algumas das músicas que infernizaram minha alma por uma hora e pareciam ter saído de um disco do Richard Clayderman em versão para churrascaria!

No final ainda fui convenciada a comprar um creme para usar em casa, que esquenta, arde e pinica. E mesmo com tudo isso hoje á noite estarei lá. Não tão firme ainda, mas forte e armada com meu iPod.

Nenhum comentário: