quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Não sabia que ainda sabia o endereço deste antigo blog, mas lembrei e resolvi ressucitá-lo. Na verdade ele será reinaugurado utilizando uma outra rede social, o Facebook.

Faz tempo que meus amigos dizem que preciso voltar a escrever, contar minhas histórias e a de tantos outros que tive a honra ou não de conhecer. Mas a preguiça imperou. Todo mundo hoje tem acesso a tanta informação, tentam ser persuasivos com suas muitas opiniões, além de ser tudo tão rápido que não consigo ser criativa, atual e ainda agregar algo interessante a alguém de forma tão rápida quanto é necessário ultimamente.

Este blog aqui foi criado sem muita razão, ainda quando morava em Brasília, apenas para mostrar impressões e algumas divagações que nem eu mesma relendo, compreendo. Agora, com as ferramentas práticas do Facebook, proponho algo que ainda tem alguma coisa a ver com o antigo blog, pelo menos no que diz respeito ao nome "Vou-me embora pra Pasárgada". 

Descobri que minha Pasárgada tem endereço geográfico e fica entre o caos e a beleza... o Rio de Janeiro. Mas, vai além disso, minha Pasárgada é qualquer coisa que me remeta à lembranças e alegrias. E acredito que todos são assim.

O detalhe é uma prazerosa obsessão minha e um antigo hobbie anda gritando para voltar... Portanto, meus caros, a proposta que quero compartilhar com vocês agora será me dedicar a pequenas impressões do que acho que seja tudo isso que descrevi agora.

Pretendo publicar aqui, alguns ensaios sobre temas variados. E não, não são textos, são fotos. Quem me conhece há tempos sabe que fui uma fotógrafa amadora. Hoje, tento recuperar o tempo perdido e claro, meu equipamento para continuar. Por enquanto, meus toscos "ensaios" serão feitos por um iPhone que já tomou muitos tombos e que deve ter muita areia no seu HD (tem isso no smartphone?) de tanta praia que pega. Também vou aproveitar os pouco filtros gratuitos deste aparelhinho multiuso do cão!

Pensei em diversos temas, muitos mesmo... até que me dei conta, que para ser divertido, prático e servir como teste para essa brincadeira, nada melhor que minha própria casa, minha simples e pequena "Pasárgada".

É só acessar o link: www.facebook.com/emboraprapasargada.

Beijos

Flávia Carrijo

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Mr. President

Aaaaaaaa entendi como se faz uma boa campanha política!
Primeiro convoca a imprensa pra te filmar.
Depois vai andar de metrô para falar sobre a importância de um transporte público de qualidade.
Aí você beija alguns moleques na rua e faz um discurso de duas frases sobre o direito da criança e do adolescente.
Também tem que visitar uma escola bem pobrinha e falar sobre uma grande e necessária reforma na educação.
Não dá pra esquecer de ir conversar com pacientes em algum PS bem lotado e bradar pela melhoria da saúde pública.
E claro, ir no Jornal Nacional, sorrir e falar como seu papa e sua mamã ficariam orgulhosos de te ver na TV.

Fofo!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

I promise

quinta-feira, 22 de julho de 2010

As fotos não foram todas postadas. As contas não se pagaram sozinhas. O clima em Brasília continua seco - o que facilita lavar a quantidade roupas sujas que ainda estão nas malas. Já planejo minha saída estratégica pela direita - o que, em um primeiro momento, significava cruzar mais uma vez oceano. Tudo pra fugir daqui e da saudade que nem sei mais por quem bate, se ela existe ou o que significa.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Mau humor pós-copa

Voltei para o Brasil. Mais uma vez via Paris. E nem adianta ficar com invejinha. Aeroporto é um não-lugar. Um shopping sem muitas lojas e péssimas lanchonetes, em qualquer lugar do mundo. Depois de nem sei mais quantos dias e noites de trabalho estou neste momento nauseada. Depois da gripe, do medo, do stress, das insanidades alheias e próprias, mal entendidos, jantares, presidentes e ministros, uma penca de gente importante - não existe lugar com mais gente importate como no Brasil - administrar egos ou ser rude com quem merecia, acho que o saldo foi positivo.

Não fui para a África para ver a Copa. Não gosto de futebol. Não entendo nada disso e acho o Blatter um babaca. Pelo menos ele foi muito vaiado na final do mundial. Não sei se falaram isso na TV, mas eu estava lá, fui testemunha.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Vivavuvuzela

O voo de Paris para Joanesburgo parecia um pub. Quase ninguém dormui, incluindo eu mesma. Escoceses, mexicanos, americanos, ingleses, venezuelanos, uma penca de machos, em sua maioria, com uma só meta: Copa do Mundo. Os comissários rebolaram pedindo o tempo todo para que todos se sentassem quando o avião dava seus solavancos. Cerveja, vinho, gente vendendo ingresso e passageiros passando pelo avião com cartazes do tipo Compro ingresso pro jogo Africa do Sul x México. Comecei ali a entrar no clima da Copa. A ficha caiu.

Cheguei às 7h da manhã e as vuvuzelas com seu barulho de mosca varejeira já gritavam dentro do aeroporto lotado. Alguma confusão para conseguir um transporte, que rachei com outras duas pessoas. A cidade e os carros enfeitados, muitos sorrisos e, claro, vuvuzelas. Não precisa ter jogo, basta ter uma em mãos e pronto. Fora os fogos.

Cheguei bêbada de cansaço mas tinha que trabalhar e não podia dormir. Precisava tentar entrar no fuso, 5 horas a mais. Tomei café o dia todo. Tanto que agora são 22h30 e não consigo pregar o olho...

A primeira impressão foi ótima. Simpatia pra todo lado e sim, eles dançam no meio da rua, no supermercado, no restaurante onde trabalham. Sorrisos e mais sorrisos. Choquei!!! Não deve ser assim sempre, mas agora está assim.

Mas trabalho é trabalho. Sem conseguir raciocinar direito, alguns emails, reunião e sorrisos pra quem não merecia. Assisti à abertura da Copa pela TV em um restaurante grego (!). Não foi escolha minha, claro. Lá conferi: os brancos comem e os negros servem. Me deu mal estar. E todos os garçons com um olho na bandeja outro na TV.

Também fui a um supermercado comprar um celular - longa história - e lá um grupo de mulheres começaram a cantar e dançar para um grupo de mexicanos como quem rogasse uma praga, claro que com muito humor, mais sorrisos e mais dança. E pessoas vuvuzelando. O barulho é tanto que ou eu já fiquei surda ou já acostumei, por que não pára e me dou conta disso só às vezes.

Tô feliz! Mas preciso dormir! Reunião às 9h30!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

E começou a jornada. Saí de Brasília às 11h50 da manhã. Muitos telefonemas e mensagens de amigos desejando sorte e mais pedidos de encomendas, cada vez mais difíceis - tipo autógrafo pra filha do Kaká, do Pelé pro filho... Tomei um chá de cadeira em Garulhos, o embarque para Paris estava marcado para 19h10.

Na janelinha, como gosto, sentei ao lado de uma moça de Governador Valadares que me contou sua saga por 5 cidades mexicanas para chegar nos EUA, onde trabalhou de faxineira por 3 anos. Agora estava indo para Dublin visitar a irmã... Era boazinha até. Mas eu estava concentrada em dormir e o fiz.

Acordei para jantar fricassê de frango, arroz com milho, pudim doce de doer e uma garrafinha de vinho tinto que valeu por 3. Assisti a um filme estranho sobre um cara que inventou a mentira... Eu até gostei mas meu nível etílico não garantia minha capacidade de dissernimento. Percebi que não ia voltar a dormir. Um dramin e voilà! Acordei para o café da manhã, faltando apenas 1h30 para o pouso.

Depois de me perder dentro do aeroporto, pedir informações com um mix sinistro de inglês e francês, consegui sair e peguei um táxi para o hotel onde me encontro agora. Dia chuvoso e frio. Com a graça de Maria Padilha, o taxista falava inglês e era engraçado. Tirando meia dúzia, sempre tive sorte no quesito "quero ser bem tratada pelos taxistas". E São Paulo e Paris estão na minha lista negra.

Concentração para mais 12 horas de viagem até Joanesburgo. Chego lá às 6h da matina e ontem me deram a boa notícia de que vou ter que me virar para chegar até o hotel. Cancelaram o transporte que até então estava garantido... e com todos os milhões de boatos que ouvi sobre a África do Sul, estou realmente com medo. Ai!