terça-feira, 26 de agosto de 2008

Notting Hill Carnival

Ontem, dia 25 de agosto, foi feriado por aqui. Aproveitei para ir com alguns amigos para o Carnaval em Notting Hill (sim, no mesmo lugar do filme bobo e fofo com o Hugh Grant).

Sinceramente, pra quem ja foi pro Carnaval em Olinda parece até piada ir a um programa desse, mas me surpreendi! São 3 dias de festa e tudo comecou graças aos imigrantes caribenhos. Só ontem, mais de 800 mil pessoas passaram por lá. É aquela zona, você não consegue andar, ir ao banheiro um martírio, uma sujeira e mesmo assim o povo fica feliz. Como chamamos isso no Brasil? Carnaval!

Claro que a animação não chega nem aos pés da nossa festa no Brasil, mas a música é bem diversificada, assim como os blocos, divididos mais por países e culturas. Japão, Caribe, Jamaica (lê-se, Bob Marley, tocando às alturas)... Tinha inclusive trios elétricos, um deles do Brasil, óbeveo! Mas achei bem pobrinho. Eles fizeram um samba-enredo e só tocavam a mesma música (ups, acho que no sambódromo é a mesma coisa.). E umas passistas meio caídas... mas enfim, uma experiencia antropológica.

Por falar nisso, tudo é uma experiencia antropologica:

Fazer compras (tem tanta coisa estranha e diferente que da medo);
Pedir informacao na rua (vc nunca sabe se a pessoa vai te ajudar, te ignorar ou te rogar uma praga);
Pegar o trem errado e parar em uma estação sem uma viva alma e descobrir, por meio de um painel eletrônico, não passará mais nenhum trem até o dia seguinte;
Explicar pra outro estrangeiro, que não fala inglês, que vc nao é de Londres e não sabe onde fica determinada rua;
Tentar entender o que meus coleguinhas japoneses estão falando - em inglês;
Ver diariamente um monte de gente doida de pedra falando sozinha na rua, andando em círculos, cantando ou alguém vestido de Batman (às vezes fazendo tudo isso ao mesmo tempo!);
Passear na Mayfair (uma rua chiquetérrima) só pra ter certeza que vc não é daquele mundo - em 1 quarteirao contei 4 ferraris, fora o resto!;
Acordar com o dia lindo, resolver ir no Hide Park e assim que chega o céu fica preto e cai um toró;
Ouvir diariamente mais de 5 idiomas diferentes dentro de um onibus;
Entrar em qualquer lojinha e tentar entender o que o vendedor (na maioria das vezes indianos) falou;
Ler o jornal e descobrir que os ingleses estao chocados por que ate o mês de agosto 50 adolescentes foram assassinados (adolescentes aqui, lê-se 20, 21 anos);
Voltar pra casa tarde da noite, sozinha, ouvindo meu ipod, em uma rua vazia e NAO sentir medo...

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

London London

Estou comecando a me acostumar com minha rotina. Depois do choque inicial estou curtindo, e muito, a nova paisagem. Caras fechadas, todo mundo correndo, muita, mas muita gente nas ruas e quando não chove, significa que o dia está lindo, mesmo com o céu cinza! Adoro observar as construções, o respeito dos motoristas pelos ciclitas com suas roupas fluorencentes, os músicos nas estações de metrô, os pubs sempre cheios. Enfim, movimento!

Tá um pouco ruim pra comer por aqui... tudo é tão junk, que acabo comendo salada e frango! Então, pra quem esperava dicas gastronômicas...já era! Os supermercados tem uma infinidade de comida pronta, inclusive saladas com todos os tipos de carne e frutos do mar. É só pedir um garfo pro caixa, sentar em algum lugar na rua ou em um parque e voilà!

Fiz amiguinhos na escolinha que às vezes me acompanham no banquete. Italianos, franceses, espanhois, thecos, polacos. Vou voltar poliglota minha gente!!!

Ah! Apareceu uma brasileira aqui na escola, mas ela mora há alguns anos em Portugal, então já está com aquele sotaque. Chama-se Romilda e é do Mato Grosso. Ela é até boazinha, mas quer que eu vá com ela na igreja, em dia de oração, por que segundo ela, "é muito bom pra aprender inglês". Tenho que dar um jeito e dar um perdido na moça.

Quase sempre, depois da aula, dou uma explorada pelas ruas de Londres. Muita coisa diferente, que ainda não processei pra escrever aqui. Ontem fui no Correio para enviar uma encomenda pra Rejane, que mora na Irlanda. Fiquei confusa. Tudo diferente. 300 mil tipos de envelopes, 600 mil pessoas e atendentes de todas as cores e credos imagináveis. E todos os dias, voltando pra casa de trem vejo bem de pertinho o Tâmisa, o London Eye, o Big Ben...

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Primeira tentativa

Gente!!! Nao consigo postar!!! Bom, acho que vcs perceberam. Bom, vamos lá. Minha ideia inicial era escrever sobre cada lugar que visitei, mas achei que ia ficar muito chato. Quem quiser compra o livro depois! :)

Bom, estou usando o computador da escolinha. No momento está um calor dos infernos! Mas no mesmo dia rola as 4 estações do ano, então tenho que me planejar muito bem antes de sair de casa. Aliás, apesar de ser um pouco longe do centro (25 minutos de trem) , o lugar é bem legal, chama-se Honor Oak Park - tive que praticar um bocado para conseguir pronunciar. Estou em um quarto pequeno, mas que tem uma super janela para a rua, com vista para as casinhas de tijolinhos. Minha landlady, a Ms. Fullerton, é uma delícia. Jamaicana criada desde os 5 anos em Londres.

A única coisa ruim mesmo é o banheiro. Pense na miséria que é lavar essa cabeleira sentada numa banheira! Não tem chuveiro meu bem.

Minha impressão de Londres foi bem diferente da que tive em 2005. O povo aqui está enfrentando uma crise econômica do mal. Muita gente fechando loja, vendendo casa, carro e consequentemente perdendo o emprego. A Ms. Fullerton, por exemplo, vendeu a lojinha que ela teve por 14 anos semana passada. As ruas não estão limpas e os ingleses não tão polites.

Mas nem tudo está cinza por aqui. A cidade continua impressionante! Mas como tenho que ceder minha vez aqui no computador, conto depois.