sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Identidade - parte II

Segunda tentativa... contei a história triste humildemente, e recebo a resposta: Querida, não é aqui. Ou você vai na 1ª DP ou no na DP do Cruzeiro que só abre depois do meio-dia... Mas você pode aproveitar, ir no BRB que tem aqui no prédio, pagar a taxa de R$ 37,68 e já chegar lá com tudo bonitinho.
Fui ao BRB, entrei em uma mega fila e lembrei após uns 10 minutos que não tinha um tostão. Saí de lá, fui ao Sudoeste, saquei dinheiro, voltei ao banco, mais fila e 40 minutos depois consegui pagar o raio da taxa. Ali comecei a perceber que precisava ir ao banheiro... Fui até a 1ª DP. Era mais longe que a do Cruzeiro, mas sabia exatamente onde ficava e a senhora que me atendeu havia me dado um nome... Comecei a ter esperanças.

Trânsito e chuva. Estaciono, entro, pego senha e sento. Ouço alguém chamar pelo nome que haviam me indicado. Ele já estava de saída, mas rapidamente me levantei e pela terceira vez contei a história triste. Ele pediu pra aguardar, entrou, falou com outra pessoa e disse que daria tudo certo. Ok, pensei... mas fiquei com uma interrogação franzindo minha testa. Quando chamaram minha senha, apresentei os documentos necessários para outro policial e começou a digitalização de todos os dedos das mãos.

Como estava na dúvida do que significava aquele "vai dar tudo certo", contei a história triste pela quarta vez. Um sorriso se abriu, mais uma vez ouvi que era pra ficar tranquila e me deu outro nome de outra pessoa que trabalha no primeiro lugar que fui e me recomendou que assim que terminasse ali, voltasse lá só pra ter certeza que tudo daria certo. Ai!!!

Enquanto ele se preparava para tirar minha foto, o policial veio com um papinho sobre o ciúme que os maridos têm por ele tocar os dedos das suas esposas... e eu fingindo estar amando a conversa e a essa altura já estava louca pra ir ao banheiro.

Voltei na polícia do parque, me identifiquei de novo pro guarda doido que havia me mandado antes pro IML. Os policiais eram outros, haviam trocado o turno. Pela quinta vez conto a história triste seguido da saga até chegar ali novamente. E pela enésima vez, ouço Vai dar tudo certo. Aí relaxei e finalmente fui ao toillet.

Dois dias depois me ligaram, busquei o RG e até me desejaram boa viagem! Nice.

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