quinta-feira, 22 de abril de 2010

JK

Aniversário de Brasília. Um convite para almoçar em uma churrascaria ao lado da barragem do Lago Paranoá, trouxe à tona memórias que me deixaram nostálgica e com a certeza de que faço sim parte disso tudo. A churrascaria, que leva o nome do lago artificial é um restaurante pequeno, simples, com animais criados nos fundos, feito de madeira e que foi construído para dar suporte aos operários que construíam a barragem de contesão que deu origem ao Lago Paranoá e dá frescor à seca Brasília.

Não sei ao certo quando ou como conheci o lugar. mas lembro que sempre tive uma vontade enorme de parar lá, naquele lugar com faixas indicando "vende-se ovos frescos e galinha caipira". Depois que fui  a primeira vez, levei muitos amigos de fora da cidade e do Brasil para curtir a vista e tomar uma cerveja. Cheguei até a comemorar meu aniversário por lá.

O carinho pelo cenário bucólico, e tão diferente da moderna Brasília, me levou a escolher o lugar como tema para um trabalho do curso da minha pós-graduação. Junto com um belo grupo, desenvolvevos um plano de revitalização do lugar. Tivemos um enorme prazer ao entrevistar o filho do dono do restaurante - que também fazia as vezes de garçom e paramentado como tal - regado com cerveja gelada, churrasco de bode e rã frita!!

Pedi a um amigo que fizesse uma logomarca e criamos um slogan - mais como uma graça para dar um pouco de leveza ao projeto e que, aparentemente, serviria apenas para a nota da disciplina. Despertamos a curiosidade de quem não conhecia o restaurante e combinamos entregar ao dono o projeto, o que foi feito.

Meses depois a surpresa. O dono gostou tanto da idéia que mandou fazer uma placa nova para o lugar. Ele usou a logo e o slogan, criado com a ajuda da mente de um dos meus colegas da UnB - recém-chegado da Bahia - com bom humor e como uma homenagem, baseado nos relatos que colhemos sobre o lugar, frequentado diversas vezes por Juscelino.

E assim ficou... Churrascaria Paranoá - A preferida de JK! Se era mesmo a preferida dele, não tenho idéia, mas desde então passou a ser de muitos outros.

sexta-feira, 16 de abril de 2010


Você esta muito bem! Ouvi essas palavras ontem à noite. Não entendi ao certo o que significaram. Não é assim que me sinto. É tanta coisa pra pensar, tanta coisa antiga que não consigo resolver e outras várias novas surgindo. Eu só penso em cuidar, em arrumar: a casa, o trabalho, a saúde, a vida. E o engraçado - pelo menos pra mim - é que muitas dessas coisas não sei ou não quero fazer sozinha. Alivia um pouco uma divisãozinha básica. Vou esperar mais um pouco, quem sabe...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Alice perde

Em menos de quinze dias: Passagens reservadas para a Copa da África, muito trabalho pela frente, propostas, passagem na mão, Rio de Janeiro, Farani, sanduíche de pernil no Cervantes, sábado de sol na Praça XV, coxa creme na Confeitaria Colombo, palavras doces, palavras duras, meu cabelo só fica bonito no Leblon, amigos queridos, brincadeiras com o Enzo, colo da Romy, sorriso do Giuli.

Volta à Brasília, laser e meia perna, médico, hérnia de hiato, gastrite leve, a calça que adoro tá apertada, pressão no trabalho, muito trabalho, reuniões, falta de foco, falta de compromisso de alguns, choro. Comprar remédio, marcar mais exames, buscar outros. Quem procura acha...

Sozinha em casa, nada pra comer, uísque e água pra beber, beirute norte, ingressos pro show do moby, retomada de maus hábitos, tentativa de voltar a correr, o mesmo ódio pela falta de calçadas, o alarme do carro pifou, o guardador de carro maluco me abraçou na rua, falta dos amigos, convite pra ir casa do Zeca, almoço no domingo com a Luiza, passar na casa da mãe pra ver se tá tudo bem e um pulinho na piscina.