terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Chuva e sol em Maceió. Ótimo restaurante peruano e culinária nikkey e péssimo rodízio de lagostas. Muito sono e águas cor de esmeralda. Ceia de Natal na casa de um português. Show de reggae na praia com amigos. Tapioca no café.

Dois livros terminados - Elogio da madrasta, Mario Vargas Llosa e Os espiões, Luis  Fernando Veríssimo - e um no início, mas com ampla chance de não ser lido - A tumba, sei lá de quem!

Na Ilha da Croa fiz amizade com um porco enorme que usava bandana de chita, brinco de argola e chafurdava no mar. Foi lá que comi bolinhos de macaxeira recheados com camarão. Italianos bizarros também compunham a paisagem.

Renan Calheiros na tevê dando votos de boas festas e falando sobre a importância da família... Mega plantações de cana-de-açúcar com vista para o mar.

Risadas, descanso pro corpo, mas cabeça a mil. Ok, que venha 2010!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Descanso

Durante uma semana vou aproveitar uma praia com água morninha azul turquesa, muito sol e lendo um livro. Mais nada.

Não quero fazer balanço, apenas pensar no próximo ano. Mas só depois de passar cinco dias na praia com água morninha azul turquesa, depois de muito sol e de terminar o livro.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Causa própria

Ouço diversas histórias sobre minha avó materna, a D. Vita. Uma delas, sempre repetidas nos almoços em família e que sempre peço para serem contadas novamente é sobre a religiosidade desta senhora, hoje, com seus 78 anos.

Segundo minha mãe e tios contam, em tom irônico, dona Vita sempre "manifestou sua mediunidade" recebendo espíritos. Meu avô Fernando acreditava piamante em seu dom. Tinha até um esquema preparado para estes momentos. Em casa ele guardava uma caixa de fósforo com uma guimba de charuto, caso precisasse "acalmar o santo".

Mas segundo a maioria dos presentes nesses momentos espíritas-familiares-insólitos, as incorporações ocorriam quase sempre quando algo incomodava minha avó, como brigas entre os filhos e, principalmente, entre ela e meu avô.

Um dia minha mãe e minha tia tiveram uma briga das feias. À noite, quando todos se preparavam para dormir ouviram um barulho na cozinha. E lá estava dona Vita, de joelhos sobre o piso de ladrilho hidráulico da cozinha e com uma cara estranha. Rapidamente meu avó saiu para pegar a guimba do charuto para oferecer à entidade e perguntou:

O que Preto Velho manda?
Preto Velho tá aborrecido, respondeu minha avó (?!).
Mas por que?, insistiu meu avô.
E sem cerimônias minha vó acaboclada respondeu: Vocês estão machucando muito meu cavalo!

Notem, cavalo é nome dado a pessoa que recebe espíritos...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Minha casa está uma zona e minha vida de cabeça pra baixo. Lembro da minha mãe dizendo no auge da minha adolescência "seu quarto é sua cabeça".

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Overdose

Fui tantas vezes ao Rio de Janeiro que perdi as contas. Acho que vi mais os meus amigos que moram por lá do que os que moram do outro lado da rua. A sensação é estranha e ao mesmo tempo confortável, afinal era lá que eu gostaria de ficar. Mas da última vez tive a sensação de ter extrapolado. Cansa tentar aproveitar cada minuto para tirar o melhor possível de todos os momentos, imagens, cheiros e sentidos que a cidade e as pessoas por lá me oferecem.

Quando chego ao Rio - principalmente durante o dia pelo Santos Dumont - já sinto uma sensação de prazer. À medida que o "uso" vai se prolongando, meu organismo tenta se ajustar a esse hábito, mas também começa a tolerância àquela dosagem. Fico querendo cada vez mais estar lá e isso pode ser perigoso. Uma dose que normalmente faria "efeito" torna-se inócua. Aí procuro a mesma sensação das doses anteriores e não acho nada. Aumento a dose tentando obter o mesmo efeito. A dependência vai assim se agravando continuamente.

Ainda vou ao Rio mais uma vez na próxima semana. A última vez do ano. E não tenho previsão de voltar. A crise de abstinência pode ser complicada de administrar.