De férias no Rio quis visitar meu tio Edson, que há anos estava separado da minha tia. Na época ele era motorista de ônibus de alguma linha entre zona norte e zona sul. Junto com meu primo e meu irmão começamos a saga para encontrá-lo. Notem: não havia celulares como hoje. A ideia inicial era ir até o ponto final. Quando acenamos para o primeiro ônibus que passou, lá estava ele no volante. Sorriso fácil e com típicos maneirismos cariocas, ficou tão feliz em nos ver que ninguém precisou pagar passagem - incluindo todos que estavam no ponto. Fiquei ao lado dele enquanto dirigia, contando como andava minha difícil fase pós-adolescência.
Careca, mas com um pequeno rabo-de-cavalo, tatuagens que apareciam sob o uniforme azul com as mangas dobradas quase até o ombro e, completando o visual, um brinco de pena à la Roberto. Pra completar ele saca uma lata de cerveja de um pequeno isopor estrategicamente posicionado ao lado do banco, brindando a vida!
Para ler na ressaca do Natal
Há 9 anos