Este ano o tema de quase todas as troças candangas será em homenagem ao governador Arruda mas, sinceramente, não acho graça nenhuma cantar uma marchinha de duplo sentido sacaneando o dito.
O carnaval da Capital Federal é no mínimo intrigante. A cidade fica às moscas, o jornal local força a amizade mostrando a "diversão" dos que ficaram em Brasília e, com valentia, brincam nos tradicionais blocos como o Galinho da Madrugada, Pacotão... O Galinho, como foi carinhosamente apelidado, foi criado por um pernambucano que provavelmente sem ter dinheiro pra comprar uma passagem pra passar o Carnaval na cidade natal, resolveu fazer sua festinha por aqui mesmo. O pior é que o tal bloco "pegou" e sai todo ano. E todo ano o fundador do Galinho fica aqui, em Brasília. Acho que ele nunca mais pôde ir no verdadeiro Galo... coitado. E todo ano lá está ele - vestido à caráter - na TV e nos jornais, com suas demonstrações e dicas de como dançar frevo (...).
Passei alguns anos negando meu encanto pelo Carnaval, juntamente com os amigos góticos e que hoje parecem umas cabrochas nos blocos cariocas, mesmo que o ambiente e cenário inspirem o fracasso. Uma multidão sem noção, cerveja quente e cara e particularmente para mim o pior: não ter como ir ao banheiro depois de litros de cerveja para matar a sede. E a prefeitura do Rio já avisou! Quem for pego fazendo suas necessidades na rua será preso (não deixa de ser uma vingança feminina). Interessante ver essa cena in loco...